Lidando com questões difíceis

labirinto coração

Mateus 9.27-34
Introdução: Todos os dias, enfrentamos situações e pessoas complicadas em que pensamos: ‘o que fazer?’, ‘como responder?’. Por isso precisamos pedir a Deus o discernimento espiritual de como reagir de maneira correta. Deus faz tudo certo nas horas incertas.
Jesus sabia como reagir em situações adversas. Aqui vemos Jesus lidando com 3 tipos de pessoas representadas pelos personagens: os cegos, o endemoninhado e os fariseus.
Estamos cercados de duas realidades:
-humana: aquilo que vem do homem e
-espiritual: o que é invisível, mas cremos ser real e tem dois lados, o bom e o ruim, luz e trevas, Deus e o diabo.


O que fazer em situações difíceis?

À luz dos personagens do texto vamos refletir o comportamento de Jesus em cada situação e com cada tipo de pessoa para aprender o que fazer em situações difíceis:

1- O que é de Deus deve ser recebido: v.27-29

Os cegos ouviram Jesus e entenderam que é o Filho de Deus que poderia curá-los, então clamaram, creram e foram curados por Jesus.
Deus só faz coisas boas e tudo o que vem Dele é bom. Por isso, quando sabemos que algo é da parte de Deus, devemos receber sem questionar como Jó que afirmou que receberia de Deus o bem e o mal (Jó 2.10).
Aqueles dois cegos poderiam pensar que o que Jesus tinha a oferecer era de homens ou de demônios como os fariseus fizeram (v. 34), mas creram que era de Deus e foram abençoados.
Muitas vezes Deus mostra o melhor para nós e não recebemos por que não reconhecemos como vindo da parte Dele. Quando você vir que algo é de Deus, não perca tempo, receba.
Outro exemplo bíblico é o de Naamã que queria ser curado de lepra, mas questionou o que Deus mandou fazer através de seu profeta. Então alguém lhe aconselhou a obedecer por que se fosse algo difícil ele certamente faria, então poderia também fazer isso (II Reis 5.10-14). Naamã obedeceu e foi curado. Se Deus te mandar fazer algo, não ache difícil nem questione, receba e obedeça.
Aquilo que é de Deus deve ser recebido!

2- O que é do diabo deve ser expulso: v.32,33

Assim que levaram um endemoninhado a Jesus, ele expulsava o demônio imediatamente. Jesus não amansava demônios. Ele os expulsava.
Sabemos que o inimigo veio para “roubar, matar e destruir, mas eu [Jesus] vim para que tenham vida e vida em abundância” (João 10.10). Qual é maior? A obra de destruição do diabo ou a salvação de Jesus Cristo? Com certeza, Jesus é maior por que o “para isso se manifestou o Filho de Deus, para destruir as obras do diabo” (I João 3.8b).
Não podemos aceitar o que vem do maligno. As pessoas que levaram aquele endemoninhado a Jesus poderiam ter pensado que aquela mudez era de Deus ou natural, mas neste caso era espiritual.
Não podemos pensar que aquilo que é mal é natural do homem, pois existe a influência maligna que deve ser expulsa. Não podemos nos acostumar com os problemas pensando que são nossos quando na verdade são do diabo. Deus nos deu autoridade espiritual (Lucas 10.19). Rejeite tudo que é do inimigo em sua vida.
Outro exemplo bíblico é o de Pedro que quis elogiar Jesus dizendo que Ele não morreria. Como Jesus sabia que sua morte era de Deus para sua ressurreição e que negar sua morte era algo do maligno, logo repreendeu o demônio em Pedro dizendo: “arreda Satanás, por que não cogitas das coisas de Deus e sim das do homem” (Marcos 8.31-33). Do mesmo modo o diabo usa pessoas para massagear seu ego e te elogiar, mas para te tirar do propósito de Deus. Repreenda e recuse isso. Não negocie com o inimigo. Não mantenha 'pecados de estimação'.
Tudo o que é do diabo deve ser expulso!

3- O que é humano deve ser trabalhado: v.34

Jesus curou o cego e expulsou o demônio do mudo. Por que Ele não curou a incredulidade ou expulsou demônios dos fariseus?
Jesus conhecia bem os corações humanos (Mateus 9.4) e sabia até o que se passava em suas mentes. Os fariseus foram trabalhados por Jesus quando contava as parábolas para deixá-los intrigados e pensativos, quando os exortava severamente ou quando os ignorava.
Paulo foi fariseu e sabia diferenciar o que era dele próprio e o que era espiritual (I coríntios 7.12) e nos ensinou a diferenciar “coisas espirituais com espirituais” (I Coríntios 2.13,14).
O que é humano não pode ser confundido como Divino e nem como demoníaco. Não podemos ir a estes extremos como desculpas para não ter que assumir a responsabilidade pelos nossos atos. O diabo deve ficar contente quando faz algo e você pensa que é a pessoa, mas na verdade é ele ou então quando é algo de Deus para provar sua vida e você diz que é demoníaco.
Entretanto não é tudo que é humano que deve ser aceito. A incredulidade, a racionalidade, o egoísmo e outras obras da carne (Gálatas 5.19-21) dão oportunidade para ação do inimigo.
Nos relacionamentos difíceis a bíblia manda perdoar (Mateus 6.14), suportar um ao outro (Efésios 4.12), exortar (I Tessalonicenses 5.11) e repreender (Mateus 18.15). Isso significa sabedoria e amor às pessoas, trabalhar, moldar e ser moldado, negociar, ser maleável e tratável, mas irrepreensível diante dos erros (I Coríntios 13.6).
O que for do homem deve ser trabalhado!

Deus te dará sabedoria nas horas difíceis!


CONCLUSÃO

Com cada pessoa Jesus tinha uma reação de acordo com a necessidade e a fé destes. Do mesmo modo precisamos aprender a reagir corretamente em momentos e com pessoas difíceis que são postas por Deus perto de nós para nos moldar o caráter, temperamento e a personalidade.
Com relação às pessoas podemos tolerar e abrir mão de muitas coisas, mas com relação ao que é espiritual só há uma saída que é receber o que é de Deus e recusar o que é do inimigo.

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Citações Bíblicas: Bíblia Revista e Atualizada, Sociedade Bíblica do Brasil.


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Rev. Welfany Nolasco Rodrigues

Pastor Metodista, professor e escritor. 45 anos. Casado com Ássima, pai de Heitor e Hadassa. Natural de Muriaé MG. Bacharel em Teologia pela UMESP.

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